Powered By Blogger

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Há tantas violetas velhas; sem um colibri, Queria usar quem sabe uma camisa de força ou de vênus.'

Meu berço de solidão, eu não escrevo mais em meu caderno.
vai ver é a tv que não desliga mais, ela tá sempre falando algo que me tira a atenção
eu também ando meio aério, como se fosse tudo um sonho.
e antes fosse, me disseram dia desses, que num sonho, a gente é o que quiser
de Artista famoso, até moleque sem chinelo no pé.
Queria eu uma camisa de força, com todo aquele projeto de panos entre-leçados.
pois se fosse louco, naquela sala sozinho, choraria sem ninguém me pertubar.
não iria ter uma tv pra roubar minha atenção, não teria caneta; pra eu não me machucar
mas eu pensaria tanta coisa, e eu ia guardar, pra quando eu saisse de lá
fizesse um livro, nem que fosse com uma ou duas folhas grudadas num papelão.
mas com toda certeza, eu faria a melhor canção.
não sei como seria, mas falaria de uma louca varrida, dona de um cachorro que não é dela.
eu queria realmente ser louco, assim teria mais atenção.
Mas na verdade eu sou louco, eu tenho a tua atenção!?
Se um dia eu prender um colibri, tratarei de colher violetas pra ele, pegarei as melhores
as mais charmozas em minha vista, pegarei as mais cheirosas, e as mais lilás.
e depois o soltarei, colibris vôam, se ele quiser ficar no meu quintal; tratarei de fazer um jardim.

Um comentário: