Um cheiro suavemente me despertou, era uma rosa que estava sobre meu cobertor, uma canção soava em meus ouvidos e a essência da rosa fazia me acalmar! Sobre uma pequena janela do meu quarto a luz do sol iluminava a escuridão que nele havia... A minha curiosidade aumentava pra saber a quem aquela rosa tão perfumada pertencia... O seu perfume cada vez mais me fascinava, a delicadeza de suas pétalas acariciava a minha pele, que era tão bruta diante de suas pétalas... Naquele momento sentir que eu devia ter todo cuidado pra não machucá-la... Meus olhos brilhavam ao admirar aquele vermelho intenso que pertencia a cada pétala daquela rosa que formava um misterioso labirinto, onde eu teria que encontrar a saída e chegar naquele que silenciosamente deixou a rosa, e provavelmente me viu dormir... Mais isso já não me importava tanto. A rosa precisava de meus cuidados era tão ingênua, eu precisava está sempre feliz pra poder alegrá-la... O estranho era que ninguém notava a sua beleza, nem o seu perfume que o vento levaria... Ao tocar novamente na rosa, acariciava com as pontas dos dedos suas pétalas e em seguida seu caule, seus espinhos me machucaram, e fez com que pingasse uma pequena gota de sangue que escorria entre meus dedos e percorria entre suas pétalas que a fazia chorar... Percebi que eu era tão delicada e suave quanto ela, ingênua talvez por acreditar que sempre ficaria ao meu lado sem me ferir... Mais ela precisava me ferir, para minha mente progredir... Isso fez com que eu a amasse como o oceano que não possui limite... Mais em um triste dia já não sentia a essência de seu perfume, não havia me acordado com aquele agradável cheiro que antes subia sobre minhas narinas, procurei por toda parte do meu medíocre quarto a rosa que havia me amado, que tinha me feito cativá-la...
Percebi que tudo não passava de um belo sonho, sabia que não ia encontrar outra rosa tão bela quanto aquela. A cada suspiro que eu dava, desejava está naquele sonho e talvez nunca mais acordar, e não deixá-la jamais escapar, eu poderia ser louca, mais perfeita foi à rosa que por alguns segundos eu aprendi amar.
Cláudia Oliveira
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